terça-feira, março 23

Astronomia e o papel da ciência

Resumo
Ciência é o “conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experiência”. Sendo assim, Astronomia é a ciência mais antiga de que se têm relatos, pois desde milhares de ano antes de Cristo os povos já observavam a natureza, o céu, enfim, o mundo que os rodeavam. Mas ainda mais importante do que isto, é o fato de que a partir das primeiras observações pré-históricas, o que se via começava e ter mais sentido para aqueles seres, começavam a entender e adquirir conhecimento daquilo que era um grande mistério. Assim, tanto a Astronomia quanto a ciência evoluíram ao ponto como as conhecemos hoje em dia, cada uma no seu caminho e ao mesmo tempo uma associada à outra.

Palavras-chave: Astronomia, ciência, observações e conhecimento, evolução.

Introdução
Por certo deve ser difícil para muitos ver qual a importância da Astronomia para os seres humanos, bem como para a ciência, já que o objetivo é estudar pequenos pontos luminosos que vemos acima de nossas cabeças, tão longe que nem fazemos idéia!
Mas como seríamos - como seres humanos racionais e lógicos - se os primeiros homens pré-históricos não tivessem feito observações do céu e dos fenômenos da natureza? Muito se deve a essas primeiras observações, por terem auxiliado os povos a entender um pouco mais sobre o local em que viviam, como a natureza agia e reagia e assim ensiná-los a conviver com a mesma.
Estes fatores serviram de base para que esses povos primitivos fizessem ciência, estimulando cada vez mais seus sentidos e aprimorando seu raciocínio.

A Astronomia e a ciência
A Astronomia tem papel fundamental na história dos seres humanos na Terra. A partir de observações do céu, feitas por povos pré-históricos datadas de até 50.000 anos atrás, quando a espécie provavelmente aprendeu a registrar suas atividades, o homem percebeu que os astros seguiam a certas leis bem como a natureza obedecia a leis, só lhes restava saber quais eram essas leis.
Por volta do terceiro milênio antes de Cristo, alguns povos já possuíam significativos conhecimentos acerca dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas, onde a regularidade de certos eventos celestes os possibilitou dividir o tempo em dias, semanas, meses e anos (dando origem aos primeiros calendários), cada povo com suas crenças que muito influenciaram no “entendimento” de algumas leis da natureza (como os egípcios, que tinham o conhecimento de que existia algo no céu ou na natureza e assim denominavam uma divindade para esse fenômeno, mas sem entender o que era ou como funcionava, ele apenas existia. Um exemplo é Shú, deus da atmosfera que sustenta Nut, deusa do céu). Assim a ciência adquiria mais forma, muito observacional, mas já começando a ser teorizada pelos mesopotâmicos, onde a Matemática desempenhou importante papel.
Pela Astronomia o homem aprendeu a desconfiar das aparências, quando Copérnico provou que o que se pensava ser estático era móvel e o que parecia móvel era fixo, desmantelando o modelo geocêntrico, onde o homem já acreditava ser o centro de tudo, que tudo era feito para ele. Mostrou ainda que para compreender a natureza era preciso poder sair de si mesmo e contemplá-la de vários pontos de vista diferentes.
A ciência acompanhou a Astronomia quando os povos começaram a entender essas leis que regem os astros, a natureza e diretamente sua maneira de viver e conviver com todos os mistérios existentes. O ser humano passou a fazer ciência adquirindo conhecimento e construindo ferramentas para exercer e aplicar sua sabedoria, buscando sempre aprimorar o que já conhecia para expandir cada vez mais sua percepção.

Conclusão
Desta maneira se deu a evolução da Astronomia como ciência e da ciência como forma de aquisição de conhecimento. A Astronomia mostra que o homem é pequeno no corpo e grande no espírito, ensina-o diretamente a compreender a natureza e suas leis e acima de tudo, ensina-o a conviver com esta natureza que o rodeia, possibilitando-o fazer ciência.


Referências
Fundamentos de Astronomia, Romildo Povoa Faria (org.) – 3ª ed. – Campinas, SP: Papirus, 1987.
Minidicionário da língua portuguesa, Aurélio – 3ª ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
O valor da Ciência, Henri Poincaré – 2ª ed. – Contraponto Editora, 1998.

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